Dentre as novas terapias que vêm surgindo para combater os efeitos negativos que a obesidade e o diabetes causam na vida das pessoas estão os análogos do GLP-1.
O GLP-1 (peptídeo-1 semelhante ao glucagon) é um hormônio produzido pelo nosso intestino e liberado na presença de glicose. É esse comando que sinaliza ao cérebro que estamos alimentados, controlando o apetite. Outras funções do GLP-1 são: aumentar a estimulação da insulina, inibir a estimulação do glucagon e a produção hepática de glicose.
Os medicamentos análogos do GLP-1 agem de maneira semelhante aos hormônios naturais. Isto porque possuem uma estrutura química muito semelhante. A vantagem é que, ao ingerir esses medicamentos, você não precisa, necessariamente, ser alimentado.
Apesar dos resultados muito estressantes no tratamento da obesidade e do diabetes, os medicamentos análogos do GLP-1 possuem efeitos colaterais gastrointestinais, como náuseas, vômitos, diarreia e constipação. Geralmente, mesmo com os impactos adversos, o tratamento não é suspenso. O que é recomendado aos pacientes é adotar hábitos que minimizem esses efeitos e melhorem a melhor adesão ao tratamento para alcançar resultados.
Veja abaixo como minimizar os efeitos pela aquisição de análogos do GLP-1:
NÁUSEAS
- Evite excesso de fibras em uma única refeição;
- Evite frituras e alimentos gordurosos;
- Evite alimentos apimentados ou com cheiro forte;
- Tome bebidas à base de gengibre ou hortelã 30 minutos após o uso dos análogos.
VÔMITOS
- Se hidrate bem;
- Coma pequenas porções;
- Medicamentos antieméticos ou procinéticos podem ser prescritos conforme avaliação médica.
CONSTIPAÇÃO
- Aumentar o consumo de fibras;
- Aumentar o consumo de líquidos;
- Atividade física.
DIARREIA
- Hidratação generosa com água, água com gás, água saborizada, chás em geral são algumas opções saudáveis;
- Não ingerir bebidas esportivas;
- Evitar, temporariamente, alimentos com alto teor de fibras;
- Evite, temporariamente, laticínios, café, álcool, refrigerantes e adoçantes terminados em OL (xilitol, eritritol).
Até 12% dos casos de pacientes abandonaram o tratamento por conta de efeitos adversos. Essas recomendações têm como objetivo contribuir para um manejo otimizado do peso ou do controle glicêmico.
Conteúdo feito em parceria com a Dra. Milene Moehlecke (CRM-RS 33.068 | RQE 25.181)